sábado, 14 de julho de 2012

A Libertação do Homem


"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."

"O mundo ao contrário ensina-nos a suportar a realidade em vez de a mudar,a esquecer o passado em vez de o ouvir e a aceitar o futuro em vez de o imaginar".

                                                           Eduardo Galeano


"A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento."

Milan Kundera

"Karl Marx acreditava na libertação do Homem pela redistribuição dos meios de produção.Baseando-se em pormenores brilhantemente observados,analisou,junto com Engels a estrutura económica do capitalismo,o qual promove a ganância e a posse.Mas ele partiu do princípio de que a impotência é uma fraqueza que tem de ser superada pelo Homem,e declarou ser a conquista das coisas-também da natureza-o objectivo supremo do Homem.Com isso perpetuou tanto a ideologia do Eu orientado pelo poder como o mal social contra o qual quis lutar.Deu uma nova orientação às lutas pelo poder,mas não alterou as suas causas.E pior ainda: tratando as possibilidades humanas-também as morais-apenas sob critérios económicos e não admitindo qualquer outro tipo de abordagem,bloqueou o acesso ao conhecimento das verdadeiras raízes da avidez pelo poder.
No entanto,não se pode superar a impotência adquirindo e exercendo poder.Qualquer teoria que aspire a isso violenta o indivíduo e o seu desenvolvimento.Se bem que a teoria social da Esquerda pretenda saber explicar o Homem pelo curso da sua história,fá-lo em prejuízo do indivíduo,uma vez que analisa o poder apenas do ponto de vista do poder.Isto pode parecer uma tautologia,mas é este o ponto essencial,visto que considera o Homem determinado apenas pelo poder das forças económicas.
Onde a ideologia do poder vigora,o Eu é separado do seu cerne interior e,desse modo,também das raízes da sua experiência histórica-independentemente do seu colorido e da respectiva organização dos meios de produção.A destrutividade daí decorrente pode exprimir-se pelo conformismo ou pela rebelião.
O conformismo dá-se bem com qualquer ideologia.Encontra-se em qualquer sítio onde haja poder.Nem o conformista nem o rebelde estão inseridos na realidade de uma vida viva.Ambos pensam ser imortais.A sua mania das grandezas alimenta a ilusão de uma existência que se prolongue para além da História.Ambos pensam continuar vivos nos monumentos que construíram para si.Para o conformista são os monumentos,em pedra ou ferro,dos poderosos que ele serve ; para o o rebelde,as próprias «grandes» acções.
O conformista e o rebelde precisam ou do outro; precisam até da violência mútua porque ela confirma a imagem do inimigo.

Arno Gruen in Loucura da Normalidade (capitulo V)

As Sociedades Secretas

"Não podendo a descoberto dirigir os destinos terrestres porque os governos se lhe oporiam,esta associação misteriosa só pode actuar no meio de sociedades secretas...Estas sociedades secretas,criadas à medida que se ia fazendo sentir a sua necessidade,estão divididas em grupos distintos e aparentemente opostos,professando de vez em quando as opiniões mais opostas para dirigirem separadamente e com confiança todos os partidos religiosos,políticos,económicos e literários,e estão ligadas,para receberem uma orientação comum,a um centro desconhecido em que está oculta a poderosa mola que procura mover assim invisivelmente todos os ceptros da Terra."
(J.M.Hoene-Wronski,cit.por p.Sédir,Histoire et doctrine des Rose-Croix,Rouen,1932)

'Imagine the antonym of anarchy...Synarchy is government in common,each participating in decisions of collective interest according to his capacity and role.Democracy is exhausted by useless struggles - we have indeed seen the proof today - for the good reason that even the principle of parliamentary representation is a delusion,a false system,a simplification inapplicable to the diversity of human situations.
Synarchy fulfils the wishes of the esoteric tradition,transmitted by the Rosicrucians,by the great illuminati,without forgetting the Comte de Saint-Germain,[and] Saint Yves d'Alveydre...'

Postel du Mas explanation of Synarchy

"O movimento sinárquico do império representa pois,essencialmente,e ao mesmo tempo,um episódio da luta do capitalismo internacional contra o socialismo e uma tentativa poderosa do imperialismo financeiro visando sujeitar todas as economias dos diversos países a um controlo único,exercido por certos grupos financeiros da grande banca,os quais garantiriam assim,a coberto da luta contra o comunismo,um monopólio de facto sobre toda a actividade industrial,comercial e bancária."

Conclusão do relatório Chavin(França,1941) in A Sinarquia de Jean Saunier

http://www.imagick.org.br/pagmag/sistmag/Governantes/governantes1.html

http://aagendasecreta.blogspot.pt/2004/10/os-trezentos-de-fernando-pessoa.html
http://www.aagendasecreta.blogspot.pt/2011/03/maconaria.html

http://maconariaestudoscriticos.blogspot.pt/2012/07/inversao-do-gibelinismo.html
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"Oiça,Casaubon,por ossos do ofício tem de frequentar gente estranha,e vai à biblioteca à procura de livros ainda mais estranhos.Ajude-me.O que sabe da sinarquia?"
"Agora obriga-me a fazer má figura.Quase nada.Ouvi falar dela a propósito de Saint-Yves,e é tudo."
"E o que se diz por aí?".
"Se andam a falar dela por aí fazem-no às minhas escondidas.Para falar francamente,a mim cheira-me a fascismo."
"E de facto,muitas destas teses são retomadas pela Action Française.E se as coisas ficassem por aí,eu estaria muito bem.Dou com um grupo que fala da sinarquia e consigo dar-lhe uma cor.Mas ando a informar-me sobre o assunto,e fico a saber que por alturas de 1929 uns tais Vivian Postel du Mas e Jeanne Canudo fundam o grupo Polaris que se inspira no mito de um Rei do Mundo,e a seguir propôem um projecto sinárquico:serviço social contra o lucro capitalista,eliminação da luta de classes através de movimentos cooperativos...Mais parece um socialismo de tipo fabiano,um movimento personalista e comunitário.E com efeito tanto o Polaris como os fabianos irlandeses são acusados de serem emissários de uma conspiração sinárquica conduzida pelos judeus.E quem os acusa?Uma tal Revue internationale des sociétés secrétes que falava de uma conspiração judaico-maçónica-bolchevique.Muitos dos seus colaboradores estão ligados a uma sociedade integralista de direita,mais secreta ainda,a Sapiniére.E dizem que todas as organizações políticas revolucionárias são simplesmente a fachada de uma conspiração diabólica,urdida por um cenáculo ocultista.Vai dizer-me,muito bem,enganámo-nos,Saint-Yves acaba por inspirar grupos reformistas,a direita faz de qualquer erva um feixe e vê-os todos como filiações demo-pluto-social-judaicas.Até Mussolini fazia o mesmo.Mas por que razão os acusam de serem dominados por cenáculos ocultistas?Pelo pouco que sei,se for ver a Picatrix,aquilo é gente que pelo movimento operário não se interessa nada."
"Também me parece,ó Sócrates.E então?"
"Obrigado pelo Sócrates,mas aqui está o melhor da questão.Quanto mais leio sobre o assunto,mais confundo as ideias.Nos anos quarenta nascem vários grupos que se dizem sinárquicos,e falam de uma nova ordem europeia conduzida por um governo de sábios,acima dos partidos.E para onde é que vão convergir todos estes grupos?Para o ambiente dos colaboracionistas de Vichy.Então,dirá voçê,enganámo-nos novamente,a sinarquia é de direita.Alto lá.Depois de ter lido muito,verifico que quanto a um tema estão todos de acordo:a sinarquia existe e governa secretamente o mundo.Mas aqui surge o mas..."
"Mas?"
"Mas a 24 de Janeiro de 1937 Dimitri Navachine,maçon e martinista,conselheiro económico da Frente Popular depois de ter sido director de um banco moscovita,é assassinado por uma tal Organisation Secrète d´Action Révolutionnaire et Nationale,mais conhecida por La Cagoule,financiada por Mussolini.Diz-se então que a Cagoule é dirigida por uma sinarquia secreta e que Navachine teria sido morto porque tinha descoberto os seus mistérios.Um documento saído de ambientes de esquerda denuncia durante a ocupação alemã um Pacto sinárquico do Império,responsável pela derrota francesa,e o pacto seria a manifestação de um fascismo latino de tipo português.Mas depois descobre-se que o pacto teria sido redigido pela tal Vivian du Mas e pela Canudo,e que contém as ideias que elas tinham publicado e publicitado por toda a parte.Não tem nada de secreto.Mas é como secretas,ou melhor secretíssimas,que estas ideias são reveladas em 1946 por um tal Husson,denunciando um pacto sinárquico revolucionário de esquerda,e escreve-o num certo livro,Synarchie,panorama de 25 années d´activité occulte,assinando-se como...espere que estou à procura,é isso,Geoffroy de Charnay."
"Essa é boa",disse eu,"Geoffroy de Charnay é o companheiro de Molay,o grão-mestre dos Templários.Morrem os dois juntos na fogueira.Temos aqui um neotemplário a atacar a sinarquia pela direita.Mas a sinarquia nasce em Agartha,que é o refúgio dos Templários!"
"E o que lhe dizia eu?Está a ver,voçê veio dar-me mais uma pista.Infelizmente só serve para aumentar mais a confusão.Portanto da direita denuncia-se um Pacto Sinárquico do Império,socialista e secreto,que secreto não é nada,mas o mesmo pacto sinárquico secreto,como viu,é também denunciado pela esquerda.e agora chegamos a uma nova interpretação:a sinarquia é uma conspiração jesuíta para subverter a Terceira República.Tese exposta por Roger Mennevée,de esquerda.Para me deixarem viver descansado,as minhas leituras dizem-me também que em 1943 em certos ambientes de Vichy,petainistas sim,mas anti-alemães,circulam documentos que demonstram que a sinarquia é uma conspiração nazi:Hitler é um Rosa-Cruz influenciado pelos maçons,os quais como pode ver passam da conspiração judaico-bolchevique para a imperial alemã."
"E assim estamos quites."
"E se fosse só isto...Temos outra revelação.A sinarquia é uma conspiração dos tecnocratas internacionais.Defende-o em 1960 um tal Villemarest,Le 14e complot du 13 mai.A conspiração tecno-sinárquica pretende desestabilizar os governos,e para o conseguir provoca guerras,apoia e fomenta golpes de estado,provoca cisões internas nos partidos políticos,favorecendo as lutas de correntes...Reconhece estes sinarcas?"
"Meu deus,é o SIM,o Stato Imperialista delle Multinazionali,o estado imperialista das multinacionais de que falavam as Brigadas Vermelhas há poucos anos..."
"Resposta exacta!E agora o que pode fazer o comissário De Angelis se encontrar em qualquer lado uma referência à sinarquia?Pergunto-o ao doutor Casaubon,especialista de Templários."
"Eu digo que existe uma sociedade secreta com ramificações em todo o mundo,que conspira para difundir o boato de que existe uma conspiração universal."

(in Umberto Eco,O Pêndulo de Foucalt)

http://bloglaurabotelho.blogspot.pt/2010/11/tese-antitese-e-sintese.html

A tecnocracia europeia é a Sinarquia do século XXI??
http://rosamarmore.blogspot.pt/2007/11/unio-europeia-contra-tudo-e-contra.html

quinta-feira, 12 de julho de 2012



"Em política,a linguagem é concebida para que as mentiras soem verdadeiras,para que o homicídio pareça respeitável e para dar uma aparência de solidez ao puro vento."

George Orwell


A crise explicada com burros...!!!

www.slideshare.net/.../a-crise-explicada-com-burros-10039980 





"O sistema financeiro moderno fabrica dinheiro a partir do nada. O processo é talvez o mais surpreendente truque de prestidigitação que já foi inventado. Os bancos foram concebidos na iniqüidade e nascidos em pecados. Os banqueiros são os donos do planeta Terra. Tire tudo deles, mas mantenha somente o poder de criar depósitos e, fazendo rabiscos com uma caneta, eles criarão depósitos suficientes para comprar tudo de volta.".
"Entretanto, tire tudo deles, e todas as grandes fortunas, como a minha, desaparecerão, e elas precisam desaparecer, pois o mundo se tornaria mais feliz e melhor para todos viverem. Mas, se você desejar continuar sendo escravo dos banqueiros e pagar o custo da sua própria escravidão, então permita que eles continuem a criar depósitos."

Sir Josiah Stamp,ex-presidente do Banco de Inglaterra

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Loucura da Normalidade

"No primeiro capítulo, faço uma reflexão sobre o que quer dizer responsabilidade e confronto-a com o que normalmente é considerado a sua medida: o dever e a obediencia(processo que começa na infância quando as crianças são levadas a adaptar-se ao mundo conforme visto pelos olhos dos adultos).A partir daí, chego a uma definição de loucura que diverge da preconizada pela Psicologia e Psiquiatria oficiais.A perspectiva desta última limita-se a apreciar o comportamento humano apenas com base no respectivo relacionamento com a realidade o que óbviamente, tem a sua razão de ser.Só que impede, assim, a aproximação a uma patologia menos evidente e mais perigosa, de cujo método próprio a dissimulação faz parte: a loucura que se encobre a si própria e se mascara de saúde mental.Essa não tem dificuldade em ocultar-se num mundo em que o engano e o ardil são comportamentos adequados à realidade. 
Ao mesmo tempo que os que já não aguentam a perda dos valores humanos no mundo real são considerados "loucos", atesta-se a normalidade àqueles que se separaram das suas raízes humanas.E é a esses que confiamos o poder, permitindo que decidam sobre as nossas vidas e o nosso futuro.Pensamos que eles têm a atitude certa perante a realidade e sabem lidar com ela; mas o "relacionamento com a realidade" de uma pessoa não é o único critério para determinar a sua doença ou saúde mental.Também temos de ver até que ponto sentimentos humanos como o desespero,percepções humanas como a empatia,ou emoções humanas como o entusiasmo,são possíveis ou eliminados."
"A destruição é a expressão imediata da loucura daqueles que se dedicam única e exclusivamente à «realidade».Fachadas ideológicas costumam encobrir estas ligações.A loucura dos «realistas» consiste em negar tudo que é humano sob a capa da preocupação com a humanidade.Eles sabem dotar-se de um rosto humano,mas(tal como todos os psicopatas)não têm sentimentos a condizer.O seu interior é um pandemónio de rancor e instintos assassinos; em vez de um Eu vivo sentem apenas vazio.Para fugirem a esse vazio e ao caos interior têm de destruir a vida à sua volta.Só assim é que se sentem vivos.
O sucesso dos «realistas» não se baseia apenas na sua arte de se fazerem imprescindíveis como líderes,mas igualmente na índole da obediência daqueles que precisam de líderes desse tipo para poderem renunciar ao seu Eu.A necessidade de se acomodarem faz que todo o seu ser se oriente pelo cumprimento das regras.Agarram-se à letra das leis e dos regulamentos e assim destroem a realidade do nosso mundo sentimental.Desta maneira,não têm de dar pelos seus próprios impulsos destrutivos.Frequentemente encontram o seu lugar na burocracia,onde podem terraplanar sentimentos em nome da lei e da ordem e,ao fazê-lo,sentir a razão toda do seu lado.
Esses conformistas são a infantaria dos «líderes natos» psicopatas e estão a ajudá-los a levar o mundo para o precipício.Só esta colaboração torna a situação tão perigosa."

Arno Gruen,psicanalista,in A Loucura da Normalidade

sábado, 7 de julho de 2012

Religião e Alienação

O dito de Marx “a religião é ópio do povo” correu mundo e persiste até hoje em mentes anti-religiosas. Onde está a verdade de tal afirmação? Totalmente vazia não será. Mas também não goza de evidência. Fatos a contradizem.
No momento vivemos visível explosão do sagrado. Como depois de tanto tempo de batalha iluminista e marxista contra a dimensão humana religiosa, esta persiste vigorosa e viva? Que acontece com esse ser humano rebelde aos impactos da razão moderna autônoma, secularizante?
A razão canaliza o fluxo da religião para direções almejadas e, às vezes, contraditórias. Por isso, cabe análise cuidadosa para enfrentar o fenômeno que alguns apelidaram de “vingança do sagrado” ou de “volta” de algo que, de fato, nunca realmente partiu.
Algo de verdade existe na secularização no sentido de modificar profundamente a posição da religião na sociedade. Ela já não a rege, como o fizera em tempos de Cristandade. A revolução laicizante cumpriu o papel de retirar a esfera do político, do cultural, do social do comando direto e todo-poderoso da religião oficial. O Estado estabelece com a Religião alianças quando tira proveito dela, mas não aceita o papel de dependência. Enquanto a religião, em dado momento histórico, prestou serviços à classe dominante e impediu a rebelião das massas, o grito de emancipação a considerou com justiça ópio do povo.
A América Latina, por sua vez, conheceu o oposto. Nos anos escuros dos regimes militares, a religião, encarnada especialmente por setores da Igreja católica, passou da categoria de ópio para subversiva. Bispos, padres, religiosos/as, leigos/as engajados socialmente foram perseguidos e alguns torturados e assassinados. Desmentiu-se claramente o slogan marxista.
Até hoje grupos de Igreja, ligados à teologia da libertação, agitam a bandeira da transformação social do sistema capitalista neoliberal, despertando fúrias da imprensa liberal. Esta, sim, cumpre função alienadora, protegendo os interesses das classes dominantes em detrimento das camadas populares.
A religião, portanto, não tem, por sua natureza, nenhuma substância entorpecente da consciência crítica. Depende da aliança que estabelece. Se ela se articula com os poderes burgueses, então lhes presta o serviço de domar as classes pobres a fim de manter o sistema intocado. Se, pelo contrário, ela opta pelos pobres e marginalizados da sociedade, então assume o sinal contrário.
Como se explica que ela oscila em tal movimento? Indo fundo na natureza da religião, captamos-lhe o núcleo. Ela existe para ligar – re+ligar = religião - o ser humano com o Transcendente. Nesse movimento em direção ao Divino, a pessoa interpreta o Transcendente a partir de sua situação existencial. E a religião potencializa tal percepção. Alguém que se sente feliz e contente com a posição social, busca uma religião para justificar sua situação, mesmo à custa de outros. Aliena-se da realidade dos infelizes. E vice-versa, estes veem nela força que os anima na luta pela justiça e transformação social.
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http://aagendasecreta.blogspot.pt/2005/04/igreja-de-roma.html

http://worden.blogspot.pt/2011/11/proposito-dos-gibelinos-e-do-advento-da_01.html

terça-feira, 3 de julho de 2012


  • Comparando com o homem - Primatas

    antropoides.no.sapo.pt/comparacao.htm Ao contrário da crença dos leigos, temos muito em comum com os primatas ... para tentar especular a razão e as origens de todo o comportamento humano. ... que dão sustentação, de nossa sociedade: A família, as lutas e as guerras.
  • A história evolutiva do homem - Os Grandes Primatas

    primatas.no.sapo.pt/homem.htm Neste site, nas sessões dos outros primatas hominídios estão descritos ... uma estranha combinação de características comuns aos crânios humanos e outras dos ... Através de guerras o homo Sapiens extinguiu as outras espécies de homo .
  • A Inversão dos Primatas


    Desenvolvendo os conceitos dos principais cientistas do campo da psicopatologia, Norberto Keppe, ao longo de seus 40 anos de pesquisa clínica, descobriu no ser humano uma atitude destrutiva, que se manifesta na sociedade como um todo, a qual denominou “Inversão”.
    Essa descoberta constata que o ser humano é muitas vezes atraído pela destruição, deixando de lado o que lhe é benéfico. Em um âmbito mais amplo, a inversão manifesta-se por valores e estilos de vida invertidos. A guerra e a violência têm-se tornado a maneira de resolver conflitos, onde o capital assumiu oficialmente uma posição primordial, ficando acima da vida humana.
    Nesse mundo invertido, o homem serve ao dinheiro, em vez de o dinheiro servir ao homem, gerando injustiça e exploração selvagem do indivíduo e da natureza, ao mesmo tempo em que a sociedade impõe às pessoas menos humanidade, incentivando o egoísmo, o materialismo e a paranoia.
    Apesar de constante, essa atitude de Inversão permanece inconsciente nos seres humanos.  Sem perceber, a humanidade continua desenvolvendo meios cada vez mais sofisticados de destruir a si mesma e ao planeta.
    Além da Inversão, entre as principais descobertas de Keppe, podemos citar a Teomania, a inveja universal, a falta de consciência, a origem da doença na vontade, a técnica de interiorização etc. Keppe, além do seu método original de psicoterapia individual, criou também o modelo de empresas e residências trilógicas.
    O ser humano tem, racionalmente e intuitivamente, a noção de certo–errado e bem–mal. Ele também aprende dos pais, dos professores e nas igrejas o que deveria fazer para ter saúde, equilíbrio e progresso. Porém, por conta do mecanismo psíquico da Inversão, cuja causa fundamental é a inveja inconsciente, ele não pratica o que deveria e o que sabe pela razão. Pelo contrário, acaba por criar uma série de “sistemas filosóficos” a fim de justificar sua prática destrutiva.
    A causa da destruição do ser humano, da sociedade e do mundo, analisadas à luz da psicossociopatologia (ciência de N. Keppe), está principalmente na Inversão psíquica que ocorre em dois níveis:

    Individual

    A Inversão no nível emocional, de “valores” e de atitudes, como adotar o egoísmo, o materialismo, a inveja, a mentira, a corrupção, a máscara, a raiva, a agressividade, a censura, a ganância, a alienação, a superficialidade, a dispersão, a preguiça, a voracidade, o sensorialismo como atitudes vantajosas para se vencer na vida.

    Social

    Em nível social, a Inversão se manifesta por meio do poder socioeconômico doentio que cria leis injustas, costumes destrutivos, falta de ética ou repressão social, sistemas decadentes e corruptos, instituições que agem contra o povo e a natureza. Nessas práticas incluem-se as guerras, o terrorismo, o racismo, a intolerância religiosa, o capitalismo privado ou de estado, os juros, a exploração irracional do trabalho humano e dos recursos naturais, o consumismo, a estagnação das ciências, das artes e do conhecimento.
    No momento, o poder econômico patológico dominou os poderes político, judiciário, legislativo, religioso e midiático, estabelecendo a pior de todas as ditaduras que já se teve conhecimento na história.
    Por causa dessa atitude invejosa, invertida, destrutiva e ainda inconsciente, o ser humano rejeita e destrói tudo o que é bom, belo e verdadeiro em sua vida e na civilização. Daí as enfermidades orgânicas, psíquicas, socioeconômicas e ecológicas.
    Para melhor compreensão desses conceitos, leia os livros A origem das enfermidades, de N.Keppe, e A libertação dos povos – Patologia do poder, além dos demais livros da Proton Editora.

    segunda-feira, 2 de julho de 2012

    Além do Bem e do Mal

    Contra o positivismo que pára diante do fenómeno dizendo que "há somente factos",eu diria que são precisamente os factos que não existem; existem somente interpretações.

    Nietzsche in Além do Bem e do Mal


    http://pt.scribd.com/doc/56764496/A-Nova-Inquisicao-Robert-Anton-Wilson



    Sinopse
    Esta é uma obra polémica, que sintetiza a Instituição Científica e o Materialismo Fundamentalista. O autor aborda a psicologia dos primatas e a mecânica quântica; o cepticismo e a fé cega; o Teorema de Bell; o conceito Pó; o cérebro humano e como utilizá-lo, entre outros temas.
    A Nova Inquisição de Robert Anton Wilson

    O seguinte é parte do capítulo Agnosticismo Criativo(no link acima)

    "De acordo com Colin Wilson,se a maior parte da história humana se resume à história do crime,isso é devido ao facto de os humanos possuírem a habilidade de fugir da realidade existencial para se abrigarem na construção peculiar que eles chamam de o Universo ´´real`` o qual tenho denominado hipnose.Qualquer Universo ´´real`` platónico é um modelo,uma abstração,que nos parece confortável quando não sabemos como agir em relação à confusão da realidade existencial ou da experiência ordinária.Nessa hipnose,que é aprendida com outros,tornando-se auto-induzida,o Universo ´´real`` subjuga-nos,e grande parte da experiência existêncial e sensorial é facilmente ignorada,esquecida ou reprimida.Quanto mais estamos hipnotizados pelo Universo ´´real`` mais editamos,bloqueamos ou turvamos grande parte da experiência existêncial em nome da conformidade com ele.
    Hipnotizados pelo Universo ´´real`` tornamo-nos mais e mais alheios em relação ao continuum existencial e ficamos irritados quando ele interfere em nossas percepções.
    Os Universos ´´reais`` nos tornam insignificantes porque eles são governados pelas leis rígidas e todos nós somos pequenos quando comparados a elas.Isso é especialmente verdade sobre o Universo ´´real`` materialista fundamentalista,e explica o desamparo e a apatia da sociedade materialista.De maneira vaga sabemos que estamos hipnotizados e nem tentamos agir,mas apenas re-agimos mecanicamente.
    No modelo de consciência existencialista-humanista,por outro lado,´´somos`` relativistas ao considerarmos todos os modelos(sociais,económicos,religiosos etc),´´sofisticados`` e activamente criativos.Buscamos conscientemente editar menos e compreender mais,e procuramos por eventos que não se encaixam em nossos modelos,posto que eles nos auxiliarão a fabricar melhores modelos no futuro.Não somos dominados pelo Universo ´´real``,já que nos lembramos que a construção linguistica é apenas a nossa última aposta e podemos fabricar uma ainda melhor de forma bastante rápida.
    No primeiro modelo materialista da consciência,conforme afirma Timothy Leary,somos como indivíduos sentados passivamente em frente a uma televisão,reclamando do lixo que aparece no ecrâ,mas incapazes de fazer algo,senão ´´suportar``.No segundo modelo existencialista da consciência,para continuar com a metáfora de Leary,assumimos responsabilidade por mudar de canal e descobrir que não há apenas um ´´programa`` disponível,que uma escolha é possível.O compreensível não é toda a existência,é somente o compreensível.
    Novamente,parece que o modelo materialista de consciência mecânica cobre parte,mas não toda a experiência e ele exclui,precisamente,aquela parte da experiência que nos torna seres humanos,estéticos,morais e responsáveis.Alguém pode suspeitar de que esse é o motivo pelo qual a era materialista tornou-se progressivamente desumana,feia,amoral e cegamente irresponsável.Alguém pode suspeitar de que esse também é o motivo pelo qual a fortaleza,a secção economicamente arraigada dos novos fundamentalistas que serve e é alimentada pela Campanha Militar do Estado,progressivamente retira a maior parte do poder cerebral dos cientistas vivos no mundo para a única tarefa,como Bucky Fuller disse,de entregar mais e mais poder explosivo cada vez mais distante em períodos de tempo cada vez menores,para matar mais e mais pessoas.Há razões económicas e neurológicas pelas quais o Dr Reich e o Dr Leary foram para a prisão,enquanto o Dr Teller,pai da bomba de hidrogenio,é uma autoridade reconhecida no Universo ´´real``,um homem rico,honrado e reverenciado em toda a fortaleza.
    Para o humanista-existencialista,o Universo ´´real`` não está nos forçando a nos comportarmos colectivamente de um determinado modo.Na experiência existencial,estamos apenas a fazer apostas,mas tornamo-nos hipnotizados por nossos modelos(sociais,ideológicos,dogmáticos etc) e estamos caminhando em direcção ao Armagedon pensando que o Universo ´´real`` nos impede de pararmos e tentarmos um jogo melhor.
    O Universo ´´real`` em que essa loucura aparece como sanidade é nossa criação colectiva."